O que temia está acontecendo. Já previa. Estou dormindo melhor, mais calma, menos ansiosa, no trabalho estou mais concentrada, já não perco as paradas do ônibus. Mas quem disse que eu gosto. Eu sabia. Isso é o caos. Quando me prendi a ele é porque sentia que as palavras dele me tiraram do marasmo. Sacolejaram a alma. Transformaram a vida. Várias vezes, disse a mim mesma que precisava dele para ter inspiração. Tudo estava diferente, o brilho do sol, o azul do céu, a cor do mar, o canto dos bem-te-vis, acordar de madrugada. Tudo perfeito! Até chorar era bom, precisava esvaziar a alma Gosto de viver no limite, na urgência, no fôlego curto, na emoção exagerada. Estou voltando a ser eu. Não quero, não gosto. O não dele trouxe tranqüilidade. O pior é que me trouxe de volta. Quando conversava com ele, muitas vezes mentalmente, eu perguntava, eu respondia, eu me instigava, e crescia. Tudo começa a ser diferente. A natureza conspira contra mim. O céu tem amanhecido cinzento, o mar está nublado, os bem-te-vis emudeceram, estou sem inspiração. A vida está opaca. Ah! Como era bom o sentir arrebatador. O não foi um enquadre em todos os sentidos. Se não posso falar, então não posso me emocionar, se me emocionar vou falar. Sigo agora nos caminhos conhecidos, toda certinha, o mundo está girando na rotação de sempre. Antes tinha a impressão que estava no olho do furacão emocional, ou vivendo um eterno tsunami amoroso ou por vezes terremotos vibrantes. As placas tectônicas emocionais viviam mudando de lugar. Hum! Como era bom. Agora é uma calmaria que dá dó.
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
O que temia está acontecendo. Já previa. Estou dormindo melhor, mais calma, menos ansiosa, no trabalho estou mais concentrada, já não perco as paradas do ônibus. Mas quem disse que eu gosto. Eu sabia. Isso é o caos. Quando me prendi a ele é porque sentia que as palavras dele me tiraram do marasmo. Sacolejaram a alma. Transformaram a vida. Várias vezes, disse a mim mesma que precisava dele para ter inspiração. Tudo estava diferente, o brilho do sol, o azul do céu, a cor do mar, o canto dos bem-te-vis, acordar de madrugada. Tudo perfeito! Até chorar era bom, precisava esvaziar a alma Gosto de viver no limite, na urgência, no fôlego curto, na emoção exagerada. Estou voltando a ser eu. Não quero, não gosto. O não dele trouxe tranqüilidade. O pior é que me trouxe de volta. Quando conversava com ele, muitas vezes mentalmente, eu perguntava, eu respondia, eu me instigava, e crescia. Tudo começa a ser diferente. A natureza conspira contra mim. O céu tem amanhecido cinzento, o mar está nublado, os bem-te-vis emudeceram, estou sem inspiração. A vida está opaca. Ah! Como era bom o sentir arrebatador. O não foi um enquadre em todos os sentidos. Se não posso falar, então não posso me emocionar, se me emocionar vou falar. Sigo agora nos caminhos conhecidos, toda certinha, o mundo está girando na rotação de sempre. Antes tinha a impressão que estava no olho do furacão emocional, ou vivendo um eterno tsunami amoroso ou por vezes terremotos vibrantes. As placas tectônicas emocionais viviam mudando de lugar. Hum! Como era bom. Agora é uma calmaria que dá dó.
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17 comentários:
Paulinha, talvez, vc seja um pouco eu e vice-versa. Não gosto mjuito da calmaria. Gosto do furacão que me levanta para cima e me faz criar e recriar meu viver(acabei de sair de um, bem mais consciente de mim mesma)
Beijos e dias felizes
E quem foi que disse que "estar na calmaria" é o seu "estar certinha"? Quem te disse que estar dormindo melhor, estar mais calma, menos ansiosa e mais concentrada é o certo pra ti?
O mundo cria certos estigmas de que isso é o certo e o bom que não devem ser seguidos por todos, afinal, somos únicos e exclusivos.
Se o seu certo é a loucura e o caos, seja assim!!
Tá sobrando criatividade!
Beijos
M
A
O
Paula, por vezes a calmaria é só prenuncio da tempestade. Como a montanha russa que quando vc está subindo para a primeira queda, vai devagarinho, sem que vc imagine exatamente o que está por vir...
Aproveite, coloque as idéias no lugar e que venha a nova tempestade!
beijo
Esse Paula, é um dos seus melhores textos Vá em frente você tem um grande potencial Vamos publicar esse livro. djan
Excelente texto Paula, parabéns.
Eu gosto das tempestades, mas preciso de um pouco de calmaria também. E é ela que me tem faltado agora.
Beijos todos e + um tantão.
Tudo é uma questão de tempo...
Sem mais para o momento...
O não é um tsunami que arremessa a gente para uma vida de completo marasmo. E o marasmo afoga.
As vezes, ser "eu", cansa.
eu preciso de agitação...
se estver tudo no lugar eu não sobrevivo...
Nossa Senhora! Que vendaval de poesia!
Paula,
E você algum dia chegou a pensar que MUDAR é fácil?!
É a coisa mais difícil do mundo!
Muito mais fácil é viver na calmaria e aceitar o que o "destino" nos reserva...
Mas o espíritos poéticos fazem apenas um recesso, de vez em quando.
Só pra tomar fôlego!
/// Abraços, flores, estrelas..
Este vento que sopra nos brandais
Leva de arrasto a minha alma
A proa estende-se adiante na vaga
Olhar de garça o meu coração acalma
Boa semana
Mágico beijo
Li, reli seu post.
A calmaria também me assusta.
Bjos
Uns vao,outros vem...nao se aflija...a calmaria nao e eterna.
PARA TODOS
Gostaria de comentar cada comentário. Li, reli, refleti. Cada um que passou aqui tocou meu coração. É tão bom tê-los por aqui. Caminhando comigo.
Muitos beijos de agradecimento
como estou pegando o bonde andando nao entendi xongas.
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