domingo, 20 de janeiro de 2008






Só tenho uma certeza. Vivo num corpo de mulher. Será? Quem disse que isso era uma mulher? E porque não um homem? Ou outra coisa qualquer. E se houve um equívoco? Quem decidiu dar nome as coisas? “A única certeza na vida é a morte”. Nem esta eu tenho ou terei. Pois não vou saber que morri. E não adianta ninguém ficar em pé, sussurrando ao meu ouvido. Você morreu, descanse em paz. E quem disse que quero ouvir que morri. E o que é a paz? E quero descansar? Não quero conselhos e orientações justo naquela hora que me fecham os olhos e a boca, não posso ver, nem falar. Cruzam minhas mãos, não posso dar adeus. Me enchem de flores e não posso espirrar. E se eu não estiver respirando? Será que vou poder pensar? Então a única certeza que tenho, é que não tenho certeza de nada. Será?




7 comentários:

layla lauar disse...

OI Querida

Lindo texto..gostei por demais. Outro dia quase escrevi algo sobre quem nomeou todas as coisas, cheguei a escrever, depois achei muito Emília (Monteiro Lobato)e abortei. Todos temos essas incertezas..mas acho que é isso que faz a vida ser fascinante, ou não? Beijos todos

Anônimo disse...

quantas questões... e não há respostas prá elas.

beijos

"Oncotô? (Erika)"

Alisson da Hora disse...

oi, paula, me desculpe por ontem... houve problemas com a conexão, não consegui voltar... não gosto de deixar ninguém triste... belo texto...todos nós sabemos das certezas das nossas incertezas...beijos

Anônimo disse...

Como disse Socrates So sei que nada sei...entretanto temos a certeza da morte quando sentimos a perda de alguem...

Adri disse...

Acho que a frase do filosofo diz tudo "Só sei que nada sei"...

Paula Barros disse...

Obrigada Layla, Erika, Alisson, Chuvinha, Adri-dri-drika. Fico feliz com vocês por aqui. É um incentivo enorme. Os comentários me ajudam, neste caminhar do blog.
beijos carinhosos.

Anônimo disse...

Talvez nem existam certezas para que as tenhamos. Talvez, nem a morte exista. Nem o nada. Nem o corpo de mulher que pensamos ter.


Talvez a dúvida seja a única coisa que valha a pena se ter.

Talvez...