sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008






Ainda bem que ele está bem! Uma semana sem vê-lo. Sem notícias. Foi tomada de angústia. Pela ausência, pelo silêncio. Nem um telefonema. Nem um e-mail. Será que está bem? Passava os dias a se perguntar. Quanto mais pensava, mais a angústia grudava em sua pele, impedindo os poros de respirarem. Só tinha uma referência. Lá, ninguém sabia de nada. Amanhecia o dia, o sol raiava, cantavam os pássaros. E nada. Esperava, procurava e não encontrava. Teria passado a noite bem? Estaria depressivo? O quê anda fazendo? Será que sentia saudade? Não dava notícias. Isso é fato. Viu que telepatia, com eles, não resolvia. Morrer, não morreu, teria saído nos jornais. Mandar recado por Deus era em vão. Tão sensível, mas não sabia receber essas mensagens vindas da mente. Os dias passavam-se. Pesarosos, difíceis. Quase que se arrastando pelo lamaçal da saudade. Pelos vales escuros do silêncio. As noites escuras da incerteza eram longas e cruéis. Apareceu. Uma semana depois. Todo despojado. Roupa nova. Falando diferente. Bem descontraído. Mais corado. Percebe-se que não sentiu falta. Pelo contrário estava muito bem. Melhor do que antes. Nada de depressão. Soube que esteve rodeado de pessoas bonitas. Num ambiente, feio, mal cuidado. Porém, cheio de mulheres e homens charmosos, novos, corpos bem tratados, verdadeiros modelo. Vestidos apenas de roupa íntima. Entrou cantarolando. “Arrocha, Arrocha”. Não disse nada. Cantava e dançava. Teria ido à Bahia? Ou andando com alguma turma descolada? Preferiu não perguntar. Ele não gostava de ser incomodado. Nem ter sua privacidade invadida. Lá fora chovia. Caía um temporal. Tempo fechado. Os raios iluminavam os olhos inchados de chorar e esperar. Agora sorria por dentro, aliviada. Ainda bem que ele estava bem. Ele estando bem, ela estava bem. Preferia tê-lo por perto, mesmo cantando arrocha, arrocha e fazendo passinhos duvidosos, a ficar sem notícias. Chovia lá fora. Frio intenso. Sentia seu coração aquecido. Ele estava bem. Descontraído. E apareceu. Arrocha! Arrocha!

15 comentários:

Unknown disse...

Paulynha, não pedi autorização para você e coloquei seu post do dia 27/02 como um dos melhores que li durante a semana. Trata-se de uma brincadeira a título de divulgar seu post e seu blog, mas se vc não autorizar, vou retirá-lo...visite meu blog e dê sua opinião! abraço e uma ótima sexta..depois volto para comentar o post de hoje...bj

Anônimo disse...

Paula, ainda bem "que ele está vivo"!

Um belo texto, de novo!


Verdade que você esteve no Guarujá?!

Nem para mandar-me um e-mail, avisando? Estive fora (e ainda estou, às vezes) mas volto quase sempre. Poderíamos ter tomado um vinho juntos...

Abraços, flores, estrelas

Unknown disse...

Um poema tão maravilhoso e com um final não tão feliz. Afinal, onde estava, o que fazia? viver um amor com liberdade não lhes dá o direito de ocultar-se no tempo e no espaço. Sofreu quem sentiu saudade.... bj paulinha linda

Anônimo disse...

Como sempre, seus posts excelentes Paula! é um prazer estar aqui! bj magico para vc

Paulo Roberto disse...

Pegue todos os selos!
São todos seus meninah.
E repasse-os adiante para mais cinco pessoas.
Um abraço e um bom dia!

Anônimo disse...

Quando amamos alguém não importa a distância e o quanto estamos sofrendo, logo abrimos um sorriso ao saber que nosso afeto protegeu um alguém e que este se encontra bem.

Ricardo Rayol disse...

Pelo jeito ficou lá no BBB.

Anônimo disse...

Saudade é bicho brabo. Ainda bem que tudo estava bem e ele reapareceu.

Anônimo disse...

oláá qerida
estou meio asunte daqi né.
estou com a vida corrida
depois conversaremos.
beijos

Anônimo disse...

olá. encontrei sue blog linkado em outro blog. amei seus posts.
passarei por aqi smepre
beijos

www.regiiiane.blig.com.br

layla lauar disse...

Amiga, incrível, mas eles sempre estão bem, bobas somos nós que ficamos a nos preocupar.

Adorei o post!

beijos mil porcê!

layla lauar disse...

os beijos foram procê..rsss

Dr. Fácil disse...

Introspectivo e bem humorado. Achei muito bacana esse. Assim como o que você escreve. Beijos!

Anônimo disse...

Não sei esse seu jeito recifense de ser. Mas é um amor bonito, de ternura e ao invés de briga: Arrocha, arrocha. Adorei Paulinha. bjs

Unknown disse...

Obrigado pela visita e pelo carinho dos comentarios, e pra mim é um prazer participar de uma brincadeira, como ele mesmo disse, do prf.Sergio, e tecer um humilde comentario sobre seu post, que achei superinteressante, otim finalzinho de sabado pra ti e um domingo muito ilumindado de muito amor...beijo