sábado, 9 de fevereiro de 2008


Saudade não é saudade
Amor não é amor
É só saudade poética
É muito amor poético


Se não lhe conheço
Amo a mim mesma que lhe criei
Sinto saudades da minha criação

Poeticamente foi o amor mais lindo que me aconteceu
E a saudade poética mais dolorida que senti
Também foi a emoção poética mais gostosa, mas avassaladora, mais transformadora de uma vida

Você foi a pessoa que eu não conheci e a que mais me entreguei
Você foi o amor poético mais intenso e duradouro
Por isso a saudade é tão criativa

Você foi a pessoa que me resgatou de mim mesma
Sem me conhecer, sem olhar nos meus olhos, sem me dar as mãos
Você tocou meu coração
Você foi quem mais me deu emoção, marejou olhos e me carregou nos braços

Se você existisse e fosse tudo que sinto
Me transformaria em tudo que sempre quis ser e te acompanharia
Por lugares que desconheço existir

Por viver um amor poético
Todos os lugares seriam poéticos

14 comentários:

Anônimo disse...

Ler seu post e lembra do filme: "Nunca te vi, sempre te amei".
O Amor tem disso, ele é capaz de ir além de nós.
Beijinho

Anônimo disse...

Paula,


Que saudade de ouvir ao vivo uma declaração assim!

"Saudade poética": você disse tudo o que se deve dizer desse sentimento, que para mim é sempre glorioso.

Também voltarei mais tarde para te ouvir de novo.

Abraços, flores, estrelas.

Parabéns a quem (foi) (é) (será) o objeto do teu amor poético!

Anônimo disse...

Nossa capacidade de criar e incrivel. Alguns grandes escritores nao tinham MUSA,tinham IMAGINACAO!

Anônimo disse...

Bela foto e belo poema.

Paula Calixto disse...

Natureza perfeita! Harmonia de cores, sons nítidos na sintonia do mar com o verde-folhagem sob essa mescla de azul e branco.

Tudo é há-amar na imagem e nas letras!

POESIA! Indescritível.

Beijos, flor.

layla lauar disse...

Muito bonito, gostei por demais

beijos

Lay Santana disse...

Oi Paula, nossa que lindo! "Amor poético" é quando a gente ama tudo é lindo, tudo é cor, tudo é poesia, parece que pasarinhos cantam dentro da gente. MUITO LINDO! beijos

Unknown disse...

O amor poético se transfigura em alguém que buscamos, que construímos com pedras diárias de vontade, sonhos e idealizações. O amor poético é alguém que sabemos que nunca virá, mas ainda assim não cansamos de arrumar a casa e deixar as portas abertas para a sua chegada. Em verdade, o amor poético é a gente mesmo... ou melhor, uma parte da gente que insiste em se esconder no fundo de nós e brincar, diariamente, desse esconde-esconde do amor.

Anônimo disse...

querida. liindo o texto.
ah a saudade. ela sempre inspira essas coisas.
beijos

Anônimo disse...

Lindo poema e descrever sobre amor não é tão difícil.Existem histórias que realmente nos mostram que ele existe e deve ser vivido com intensidade e reciprocidade...bj Paula!

O Profeta disse...

Deslumbrante poema de uma deslumbrante mulher...


Nesta baía
Quando chega ao fim do dia
As pedras dormem com o mar
Quando vem a calmaria



Bom fim de semana


Mágico beijo

Paula Barros disse...

A todos que por aqui passaram e deixaram as palavras carinhosas, que massageam a minha alma.
com muito carinho obrigada

Tarcila Vieira disse...

genteee
que lindo paula
me tocou profundamente
bjoooooos!

Anônimo disse...

Esses versos me lembraram Pessoa: "o poeta é um fingidor/ Finge tão completamente/ Que chega a fingir que é Dor/ A dor que deveras sente". Gostei daqui. Voltarei mais vezes.