Era um salão imenso, ela dançava. Todos os dias ela escutava músicas e fazia passos de balé, mesmo sem ter aprendido, mesmo se desequilibrando. Mas dançava, se sentia livre e feliz. Era o modo dela ser feliz, dançando, totalmente nua, tão nua que era possível ver as veias da alma dela.
Ele todos os dias vinha vê-la dançar. Limitava-se a olhar pela fechadura da porta. Mesmo que a porta estivesse aberta, mesmo sabendo que ela não se incomodava com a presença dele. Mas ele, por questões muito pessoais, preferia ter uma visão limitada do imenso salão e da alma dela. Continuava, todos os dias, a olhar pela fechadura e a estreitar o campo de visão e do sentir.
Ela sabia que ele olhava pela fechadura, e só via um pouco da alma dela e mesmo assim julgava a maneira dela dançar. Enquanto ela continuava a dançar alegre, livre, leve e solta. Mas não cabia a ela abrir a porta. A porta estava aberta, mas ele por questões dele que não dizia respeito a ela, continuaria a olhar pela fechadura. Talvez um dia entrasse para dançar. Talvez um dia deixasse de vir. Ela, poderia até ficar triste com a ausência dele, mas não deixaria de dançar. Aprendeu a soltar a alma enquanto dançava.
..Aprendera a soltar a alma enquanto dançava...e no perfume de todas as manhas seus passos eram como o rodopiar de uma borboleta assim sem plano de vôo, com o coraçao a bombardear a emoçao que sentia ao saber que amava, amava e amava...
ResponderExcluir(Acabei viajando nos seus versos rs)
Lindo...bjos!!
Paula, eu penso que a música e a dança pode realmente elevar alma, sentir. Adorei a expressão a veia da alma, é algo para se imaginar. A timidez da personagem masculina lhe fecha a porta para a felicidade e o respeito da personagem feminina ao direito do outro de não ultrapassar mostra muito bem que às vezes é necessário transgredir.
ResponderExcluirEu fui ouvir Samarina, gostei na voz de Simonal, mas achei muito triste, ouvir tb na voz do Edson, mas preferi Ivete por ser mais alegre.
Os meus textos vão sendo publicados assim que eu os finalizo, sou viu dar tempo para que leiam, afinal, escrevemos para ser lido. Deixo o meu afeto.
paulinha!
ResponderExcluirmenina bailarina que dança ao sol e à lua, abraçada às palavras sem tocar com as pontas dos pés no chão!
vim apenas espreitar... tenho o pé pesado! rsrsrs
lindo demais!
beijos
walter
Ele olhava pela janela, mas os olhos da bailarina ocupada com seus rodopios confundia janela com fechadura. Talvez, mas a história é tua e vc, com certeza, vai dar conta do destino das personagens. Bye!
ResponderExcluirAndarilha, a menina nordestina que dança com as palavras...
ResponderExcluirPaula, lembrei-0me do filme que assisti esta semana. Bailarina. Fantástica. Exuberante. Aprendeu a soltar a alma enquanto dançava.
Cisne Negro! Vá, assista e comente.
Beijo
Me parece uma pessoa querendo de vez se libertar na dança...nos passos do amor,,,na leveza dos sentimentos...interessante que seu texto me lembrou um filme com a Jennifer Lopez e Richard Gere,,,Dança Comigo....conhece? beijos de bom final de semana pra ti.
ResponderExcluirPeço licença para entrar em seu espaço,
ResponderExcluire deixar um recado igual para todos os que considero.
A Blogosfera é um paraíso literário.
Aqui encontramos pessoas com dons maravilhosos!
Eu tive muita sorte... Nesses caminhos eu encontrei você!
Obrigada por fazer parte da minha vida.
Um beijo carinhoso
Obs: Admirar o belo é trazer cores para o dia! Por isso ele sempre vinha apreciá-la.
sim, sim, sim, dançar, dançar toda a vida que beleza...
ResponderExcluirbeijos minha queridissima Paula
Dançar com ou sem platéia é mágico!Pensa dançar com alguem te observando pelo buraco da fechadura? É excitante!! Bjos, menina!!
ResponderExcluirVim conhecer a Paula a sua escrita e a casa.
ResponderExcluirGostei muitíssimo.
Volto já.
Obrigada por se ter juntado aos amigos no rau.
Beijinho
Ná
tempos que não passo por aqui!
ResponderExcluirbom ver que a via continua cheia de danças!
beijos!
A vida! Os encontros, os desencontros. Assim também os passos.
ResponderExcluirO ritmo, entretanto, que tem sido um tema bastante divulgado por você, Paula, diverge dos passos. De bailarina ou de sambista, ou de amadora.
Um conto que cabe num olhar curioso e limitado, pela fechadura, e que faz nascer, talvez, não o passo, mas um compasso de vida, ou de opção de vida. Qualquer alternativa valida a expectativa em torno do passo, porque transcende o corpo e que sabemos, bem poucos o conseguem.
Parabéns, pela criatividade e originalidade.
¬
Q lindo isso...As vezes me sinto assim (sempe acompanhada ou sózinha na sala...dançando)
ResponderExcluirBeijinhos
Maria
P.s.O carnaval de Recife retratado por vc me da nostalgia...Lembrança de um tempo quando eu ainda era menina, assim, cheia dos sonhos e das fantasias bem coloridas feito o carnaval de Olinda.
Aliás Olinda é um pedacinho muito especial do nosso país.
Sabe?? Fez-me lembrar o filme "Era uma vez na América"!!
ResponderExcluirPassando pra registrar meu carinho e te cumprimentar pelas letrinhas mágicas. Bjs.
ResponderExcluirTeu mini conto é poesia pura !
ResponderExcluirBravo!
Para se abrir a fechadura é preciso sentir a liberdade. Não basta ser consentida.
ResponderExcluirTudo tem um tempo certo. Só assim a vida faz sentido.
Fértil a imaginação. Bela a sua escrita.
Bom fim de semana.
Beijos.