terça-feira, 18 de novembro de 2014

Ah, por que não posso te abraçar?
Suplicante, suplicava
Aos céus
Ao vento, ao léu
Para a tela onde se delineava
O desejo, a pulsão

Depois do abraço
Outros desejos virão
Pensou
Sabia
Sentia

Andar pelo cais
O vento no rosto
O café no botequim
A biblioteca por olhar

Não, ah, não
Tantos impedimentos
Tantos vãos
Tantos céus
Tantos santos
Tantos chãos

Que dor
Quantas distâncias
Duas vidas
Planetas  diferentes
Tantas órbitas
Para uma só mente

Só mente, se mente
Semente
A arar a mente
A frutificar desejos
E uma vontade crescente

Do abraço
De aço
De abrir
Estradas no coração
Porta, janela
Abrir sorrisos
Falta ação
Falta ação

Falta ação
Para ligar dois sujeitos passivos
A um verbo de ligação
Tempo adverbial de lugar
Lugar qualquer
Na serra, no mar
Tempo adverbial de modo
Modo de abraçar
Sem medo


6 comentários:

  1. gramática à parte
    cinética existente
    passivos impacientes
    meia vida
    meio tudo
    Ação à distancia não movimenta
    O momento pede ação e agora
    Assim, desse jeito, não dá.

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  2. Fazia tempo que não aparecias,Paula Barros
    Maravilhoso poema. Parabéns

    Beijos
    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  3. E quem disse que não? kkkk

    Oportunidade já teve acho não foi não? kkkkkkkkkk

    Ah falta ação mesmo e ai? kkkkkkkkkkkkkkkk

    Demais!

    O Sibarita

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  4. Eita! Coisa boa de se ler.
    Um beijo no coração

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  5. Querida amiga

    Gosto de poemas
    que nos fazem rodopiar
    em sua dança
    de palavras e sentimentos...

    Um abraço...
    E o mundo todo
    passa a ter um sentido...

    ____________________________________

    Usa teus sonhos como escudos
    em defesa das tuas esperanças.

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