terça-feira, 13 de maio de 2014




Palavras vão me comendo
Bebendo dos meus líquidos
Acariciando trevas de mim

Nunca sei se as palavras estão em mim
Ou se estou nas palavras
Onde me encontro?

Deambulo por meus espaços
A procura da porta por onde entrei
Encontro dobradiças enferrujadas
Rangidos de portas pesadas
Fechaduras lacradas

Onde estou?
Quem sou eu?
Palavras e palavras vagam no meu ser
Vão tirando de mim raspas de sentimentos
Entro por vãos não percorridos
Grutas escuras e desconhecidas
Portas por se abrirem

Palavras me sorriem
Aceno com mais palavras
Entramos no esconderijo do não dito
E vamos seguindo
Entre o se perder e o se achar




5 comentários:

Lucia disse...

Abra suas portas e janelas internas, menina. Não tenha medo de se expor. Fale mesmo de tudo o que sente.
Não segure nada.
Só tome o cuidado de não magoar muito as pessoas pelo caminho que traçar pra si.
As pessoas são diferentes e nao são obrigadas a suportar as nossas inseguranças.

Cidália Ferreira disse...

Boa noite Paula
Maravilhosa a tua maneira de escrever.


beijos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

Existe Sempre Um Lugar disse...

Bom dia,
O texto é magnifico, faz-me pensar o seguinte, "esse seu nada é cheio de tudo" para viver a felicidade em cada momento, não se deve preocupar com o depois.
Dia feliz
ag


http://momentosagomes-ag.blogspot.pt/

O Sibarita disse...

Ô Fia! kkk Tradução final da sua bela poesia, MEDO! Né não? kkkkkk

Mas, acho que vale a pena abrir as portas, as janelas... Deixa o sol novo entrar@ kkkkkkkkkkkkkkkk

Aimôdeu! kkkkkk

O Sibarita

ALUISIO CAVALCANTE JR disse...

Querida amiga

Acho, que as palavras
tem vida própria.
Que vivemos nelas,
e não elas em nós.
Que cada texto escrito,
é para quem o lê
um presente,
mas para quem o escreve,
um reencontro.
Palavras são pássaros,
que nos fazem ver o possível,
e a imaginar o impossível...

Reencontrar sonhos,
é reaprender o sentido da vida.