terça-feira, 1 de janeiro de 2008






Tudo era mais fácil quando na adolescência lia  José Lins do Rego, Machado de Assis, José de Alencar e outros. Eles não falavam comigo. Falava com eles e por eles. Imaginava o mundo deles e os criava, a eles e ao mundo. Sonhava. Era cada uma das personagens, passeava, amava e era amada, vestia roupas de acordo com as histórias, vivia em várias épocas, andei por diversos lugares, sentia sensações próprias da adolescência. Quando a leitura me instigava ou emocionava apenas sonhava. Estava no comando, guiava, domava as situações. Viajar de avião não era tão fácil, apenas voava nas asas da imaginação para encontrá-los.O mundo não era globalizado, mas o meu pensar e sentir eram. Acho até que não imaginava que eles tivessem tido uma vida, ou se eram humanos como eu. Hoje com a Internet descubro aqueles que leio, sei quem são, vejo rostos, sei o que pensam, por onde andam, até onde moram, descubro defeitos e qualidades. Me dou conta que são humanos como eu, no que tenho de bom e de não tão bom.Não sonho como antes. Entro no mundo das fantasias deles. Das histórias que contam. Sinto-me envolvida, tenho medos, receios, saudades. Amo-os.




10 comentários:

Vinicius disse...

ae feliz 2008

Anônimo disse...

Passando para um bom dia, e digo que vc esta aprendendo a ver, isso é muito importante, pois enxergamos, mas na maioria das vezes não vemos!Tenha um bom ano e dia.abçs.

layla lauar disse...

Incrível este seu post, é assim que me sinto também. Adorei ver meus pensamentos tão bem expressos por vocÊ. Acredito, então, que possa me entender quando falo do encantamento que foi conversar com o meu Ídolo no MSN, não é uma relação de amor romântico é de pura admiração mesmo. Não acreditei quando, primeiro, recebi livros dele de presente, pelo correio, e depois o pedido para ser adicionado no meu MSN. Lembrei-me dos meus 14 anos, quando era (e ainda sou) apaixonada pelo Neruda, como sonhava em conversar com ele.

Beijos mil, muito bom ler vocÊ.

Paula Barros disse...

Vinicius e Betho, obrigada pela visita. Sempre vou por lá, gosto muito.

Paula Barros disse...

Layla, é muito bom tê-la por aqui. E gosto muito de ir ao seu blog.
Quando quiser me adicionar ao msn fique a vontade, penso que conversaríamos bastante. beijos e obrigada

Anônimo disse...

Somos todos iguais mesmo que diferentes...Sonhamos, fraquejamos, vencemos, temos insegurança, às vezes certezas, mas co melhor é que interagimos em busca do conhecimento. Um beijo, querida!

Anônimo disse...

É assim quando leio vc também.
Bjos

Alisson da Hora disse...

Restrição nenhuma...Boas reflexões as tuas... eu também pensava assim, depois que topei com grandes talentos, ao vivo e através de outros blogs, percebi que a distância autor/leitor pode ser menor do que aquela que os livros estabelecem... Recife, hem? Por incrível que pareça, estamos tão próximos...

abraços e visite sempre, hoje mesmo fiz uma atualização...

a.h.

Paula Barros disse...

Chuvinha, Beija-Flor e Alisson
Muito, muito bom ler os seus comentários. Estamos juntos mais 2 dias deste ano, maravilha!

Anônimo disse...

Paula,

O que era o folhetim de Machado senão um blog?

Vivessem hoje, todos eles teriam um blog. Até Shakespeare, com certeza, teria um blog.

Vejo o coitado do James Joyce reescrevendo página por página o Ulisses... meu Deus! Se tivesse ele um computador, imagine o que não teria criado?


Mas, quanto ao terceiro clitóris, estou pensando em implantá-lo na ponta da língua. Só para que os beijos sejam... extraordinários, sempre!


Abraços, flores, estrelas!