terça-feira, 15 de dezembro de 2009


Ilha do Coqueiro Solitário - Tamandaré - Pe


O ser ilha

Quantas vezes nos isolamos em nós mesmo
Transformamos a nossa alma em uma ilha
Cercada de fantasmas de todos os lados

Fantasmas que vamos alimentando
Com a nossa razão enorme
Com os medos do que pode vir
Com os traumas do passado

Viramos uma ilha
Povoada de assombros
De sussurros de vozes que nem são nossas
De olhares que nos espiam
De mãos que nos amedrontam

E vamos crescendo
Isolados de nós mesmos
Sem nos encontrarmos com a emoção
Sem mergulharmos de verdade na vida

26 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Ilha por circunstancias?
Ilha por desejo?
O que fizemos para merecer
O que fizemos para desejar
Ilha de fel
Ilha de mel
Vida, caminhos, escolhas
Ilhas, pontes, recomeços
Vida...

Daniel Savio disse...

Só porque vivemos numa ilha, não quer dizer que ela não seja coabitada por outros seres (só quer dizer que são aqueles que escolhemos que vivam nela).

Fique com Deus, menina Paula Barros.
Um abraço.

Maria disse...

Só no final vemos o tempo que perdemos. O tempo e tudo o resto, porque afinal não vivemos...

Bonita reflexão em forma de poema!

Beijo, Paula

(CARLOS - MENINO BEIJA - FLOR) disse...

Veja Paula, que coincidência legal.Beijos
//////////////
ILHAS

Cada pessoa é uma ilha
a centenas de milhas,isolada
cercada por todos os lados por um oceano...
de conflitos,de atritos
de lembranças e anseios
angústias e devaneios.
Ilhas são tão solitárias.
Ansiosas por serem exploradas,
mas,são mundos fechados em si mesmos.
Escuramente declaradas.
Dizem mais não do que sim
e sofrem caladas enfim.
Querem ser encontradas,
mas se escondem.
Ouvem os gritos, mas não respondem.
Gritos dentro de si mesmas.
Gritos do ego,
gritos de temor
gritos de revolta,
gritos de amor.
Todos os gritos,tantos gritos.
Existem tantas ilhas por aí,
corações sem um habitante,
tão pertos e tão distantes.
Os navegantes se aproximam e passam direto
porque têm medo de seus mistérios e segredos,
pois,não são abertas...
só ficam rodeados por esse oceano,
embora sonhem serem descobertas.
CARLOS SOARES

A Magia da Noite disse...

poder optar pela solidão, parcial e momentânea é salutar, viver solitáriamente por falta de opção é condenação.

Everson Russo disse...

Mais uma vez te achei muito triste no comentario no Livro, espero que tudo esteja bem,,,não gosto de te sentir assim,,,,bom, vamos lá, uma vez um amigo me disse que, "ninguem nasceu pra ser ilha e viver sozinho e isolado", concordo, mas,,,tem sempre um mas, nem a propria ilha, quando ela viu, ja estava totalmente cercada de agua por todos os lados, mas a esperança é que um dia as ondas a levem a beijar o continente....e quanto ao poeta e a solidão, como sempre digo, quando eu for poeta, se um dia eu for falarei com mais clareza, rs,,rs,,mas ele não inventa a dor,,,ele sente a dor...no maximo que ele pode fazer é colocar uma cor a mais no arco iris pra sonhar,,,criar um novo mundo ou galaxia...beijos menina se cuida muito...lindo dia pra ti.

Anônimo disse...

Paulinha

Várias vezes me transformo numa ilha para refletir a vida e meus caminhos.
Excelente.

Beijos

Marcelo Mayer disse...

poema... calmaria! calmaria!

myra disse...

minha linda e querida paula, voce sempre coloca umas coisas tao lindas que me fazem "sofrer" de saudades ( : )
adoro, igual...
beijos

Camila disse...

As vezes me faço de ilha por medo de sofrer, por medo de me decepcionar, por medo de viver...

Que bela paisagem, heim?!
BeijOcas

Paulinho Mesquita disse...

nos isolamos em ilha e ainda nos cercamos de água na qual nos afogamos...

Franzé Oliveira disse...

O acaso o fez brotar ali
O acaso fez solitário
O acaso...

Bjos menina

Ana Cristina Cattete Quevedo disse...

Paula, as vezes nos trancamos em ilhas para nos proteger.
Lembrei-me deste trechinho:

"A gente se acostuma a não falar na aspereza para preservar a pele. Se acostuma para evitar sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma."

Beijo!

Francisco disse...

Lindo, Paula!
Você deu voz ao "coqueiro solitário"!
Um beijo.

Luna disse...

e nessa ilha tantas vezes vivemos perdidos sem nos encontrarmos
beijos

Sol da meia noite disse...

O importante, é que a estadia nessa ilha não se prolongue. Que se necessário for, enviemos pedido de socorro e nos agarremos à mão que se nos estende.

Um beijinho *

Pedro disse...

Tô adorando essa série "Ser"...

Cris Animal disse...

De certa forma, somos todos uma ilha em algum momento e em algum lugar de nosssa alma. Sem os fantasmas, mas na solidão de nós mesmos. Penso que sem esse pedaço de isolamento, de "ser ilha" seria impossível viver. Ilha, sempre levou meu pensamento à paz. Sem fantasmas.....rs
Beijo

Unknown disse...

Uma reflexão muito acertada...
No fundo todos nós somos pequenas ilhas, habitando uma outra ilha, a que chamamos Planeta, perdida na imensidão de um mar cósmico...
Talvez por isso, tenhamos tanto medo... de estar sós.

Beijo

Mário Lopes disse...

Se o coração for uma ilha, é natural que pareça pequeno. Percorre-se de uma ponta a outra num instante e vê-se como o que o rodeia é um mundo imenso, escuro como um mar de solidão, em que todas as gaivotas se esconderam e a espuma branca desapareceu. Porque se sente que o seu tamanho é demasiado pequeno para com ele medirmos o mundo. Porém, se ele não for uma ilha, será o mundo que parecerá pequeno quando avistado do seu lugar.



Lindas fotografias, lindas palavras em que se reflecte, ondulando, o nosso isolamento, como coqueiro perdido no azul imenso da nossa inaptidão para nos aproximarmos do outro como se fôssemos ele próprio. É muito grande a sua sensibilidade, querida Paula. E como ela sobe a praia das nossas ilhas solitárias!
Beijo doce.

Blue disse...

As vezes somos ilha,
nouras um grande continente.
O tempo passa!

Beijos

Sonia Schmorantz disse...

Natal...
É o mês de confraternização Agradecimento pela vida
Bênçãos ao filho de DEUS
União, amor, reflexão!

Que o bom velhinho traga um saco cheinho de paz,
harmonia, fraternidade
Que o gesto de ternura se estenda de várias mãos
Que ao som dos sinos
O amor exploda em toda direção!

FELIZ NATAL!
UM ANO NOVO DE FÉ E SUCESSO!
um abraço!

Luiz Caio disse...

Oi Paula! Como vai?

Ás vezes, procurando não sofrer sofre-se ainda mais!

BOAS FESTAS!

TENHA UMA LINDA NOITE!

Beijos.

O Sibarita disse...

Então estamos todos nós ilhados! kkkkk

O que seu poema diz e diz bem é uma verdade...

Fia, você é danadinha! kkkkk

bjs
O Sibarita

Karl d'Jo Menestrel disse...

Quantas vezes sonhamos, nos separamos de tudo, criamos nossa ilusões, delineamos futuros. Nos alheamos de tudo, ficamos sós em nossos pensamentos.
Já me senti que nem esse coqueiro, por algumas vezes na vida, ou como nos versos da poeta.

"Fantasmas que vamos alimentando
Com a nossa razão enorme
Com os medos do que pode vir
Com os traumas do passado"

Abraços com muito carinho e admiração