segunda-feira, 29 de novembro de 2010

da série andarilha.
Esta série surgiu já faz algum tempo. Clicando no marcador tem outros textos da mesma série. Os textos  não tem uma ordem cronológica, nem interligação. Apenas são dramatizados pela minha emoção.


Abri a janela. Respirei profundo. Pude ver pela janela que hoje tinha espetáculo. Segurei com as mãos do sufoco, a fala para não falar. Apertei de encontro ao peito a emoção. Suspendi o ar do tempo. Não respirei mais, por alguns segundos.

Da janela aberta pude ver o espetáculo. Mas de respiração presa, prendi também a emoção. Era preciso olhar sem acenar. Era preciso sentir sem extravasar. Era preciso aplaudir para dentro, sem vibração de nenhum músculo.

Da janela aberta escutava o som do coração que fazia acrobacia. O oxigênio inalado logo se transformou em gás carbônico, ficou retido nas persianas da janela. Não emiti nenhum esboço de vida, não deixei as palavras falaram nada, assisti o espetáculo muda. Sem aplausos.

18 comentários:

Maria disse...

Um texto triste. Lembro-me muitas vezes do dia em que estivemos aqui e mal tive tempo de te conhecer. Quem me dera que voltasses, para estarmos 3 ou 4 ou 5 dias juntas...
Sei que gostaria. Muito.

Um beijo, Paula.

Paula Barros disse...

Maria, sei que gostaríamos de estar mais horas juntas, mais dias. Olhar o mar, ver o pôr do sol, voltar em Cascais, conhecer outros lugares, tomar de novo sorvete e conversar muitooooooooooo.

Nos conhecemos. Conversamos. Nos arriscamos. Mas as horas corriam e chegava a hora da despedida.

Tinha a certeza que nos veríamos de novo, mas não foi possível.
Venha, eu e o Recife te aguardamos.

E não descarto uma volta em breve.

Obrigada pelo seu carinho. Além de estar no meu coração, nas minhas lembranças, a minha sala está repleta de você. rsrs

abraço!

Elcio Tuiribepi disse...

Oi Paula...muito bonito o texto, por coincid~encia hoje vi um pequeno circo, desses que os artistas trabalham com o coração na mão, com o coração no trapézio, tendo que matar um leão a cada dia pela sobrevivência, andadno na corda bamba todo santo dia...
Sei lá, mas meu olhar pra dentro daquela lona ficou meio triste...viver de arte é uma arte...
Um abraço na alma
Bjo

Maria disse...

Paula

O móvel tá pedindo para atravessar o oceano...
Diz-me quando vens. Com certeza será antes de eu voltar a Recife...

Um beijo, Paula.

Daniel Savio disse...

É tão bom ler a série andarilha, mas a vida que não podemos conter os sentimentos...

Fique com Deus, menina Paula Barros.
Um abraço.

myra disse...

"esboço de vida" lindo como todo o texto, sim, um pouco triste..
como o clima aqui..cinzento, frio, e chuva sem parar...
muitos beijos, querida paula,

(CARLOS - MENINO BEIJA - FLOR) disse...

Contemplou muda não porque ficou inerte ou insensível, ou melhor, talvezenha inerte diante de algum esplendor de espetáculo. Quando é assim a genbte nem ousa, aplaude com os olhos .Beijos

Carlos de Thalisson T. Vasconcelos disse...

Tá, mas, por favor, com aplausos. Fiquei meio sem piscar os olhos enquanto lia o seu texto.

Unknown disse...

Não é bom não poder se expressar. Qual a graça de assistir um espetáculo se não pode aplaudi-lo no final? Não é bom estar presa e ter como quadro apenas as imagens de uma janela, mesmo que sejam as mais bonitas.
Beijos

Unknown disse...

Não é bom não poder se expressar. Qual a graça de assistir um espetáculo se não pode aplaudi-lo no final? Não é bom estar presa e ter como quadro apenas as imagens de uma janela, mesmo que sejam as mais bonitas.
Beijos

C@uros@ disse...

Olá querida Paula Barros, e a imagem nos traz emoções e o circo sempre invade o nosso mundo de fantasia, uma pena que eles estejam sumindo. Parabéns pela bela e sensível imagem.
Paz e harmonia em seus dias.

forte abraço

C@urosa

lula eurico disse...

Que belo, como anuncias a emoção de uma amizade...
Tu tb me cativaste, Paulinha, com essa tua atenção, com teu coração cordial.

Abraço carinhoso.

Pedro disse...

Nem todo circo tem a alegria de um palhaço.

Sandra disse...

Temos uma amigo junto conosco. Venha e confira.
aqui neste caintinho
http://sandraandradeendy.blogspot.com/
Um grande abraço,
Sandra

Vai gostar, srsrsrsr

eder ribeiro disse...

A maravilha que o circo provoca não tem palavras para descrevê-la, porém, o seu texto disse muito deste mundo mágico. Bjos.

Everson Russo disse...

O espetaculo não pode parar, o coração não pode parar, o sonho não pode parar,,,a gente tem que seguir sempre em frente,,,em versos e muito amor,,,,beijos e beijos de lindo dia pra ti.

Unknown disse...

pode até ser algo triste... mas o que é belo nem sempre tem que ser expressado de dentro para fora... a emoção por vezes se atrapalha e não encontra a porta de saida...

adorei o texto, Paula!

um beijo

walter

Branca disse...

Muito lindo este texto, relativamente triste pela vivência longe das palmas, pelo sentir do lado de fora.
Adorei o comentário do Walter e é mesmo isso aí que ele diz.
Beijos
Branca