quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011




Quando a alma se fez presente feito uma tocha acesa, pude perceber a vida. Inferi que ali a voz do passado foi quem falou. Mas eu queria ter certeza. Queria pegar na mão da alma viva e caminhar pelas rotas da mente. Ouvir os acordes que a alma escutava enquanto dançava solta. Era vida que tinha ali, de repente, surgiu ao som dos olhos brilhantes. Fiquei estática diante da transfiguração. Era gente, mas era luz. Era suor, mas era o sangue pulsando lembranças. Que lembranças? Pude sentir nas palavras o gosto bom de saudade. De momentos saborosos. Será?



Foto - Venda Nova do Imigrante - ES - 22.03.10
Texto - 25.03.10

14 comentários:

Blue disse...

Textos escritos a meses, palavras que exprimem saudades. Belo.

Beijos

A. disse...

Interessante!... Embora a Alma não esteja sujeita a mutações, pode concluir-se, pela sensação de sua presença que, no reencontro com outra Alma, também ela imutável, se apresente como transfigurada!... É claro que não há essa transfiguração, mas apenas um desejo ambíguo do próprio desejo que almeja uma possível transformação em curso ou já levada a cabo através do abandono de caminhos passados, gastos e, talvez, abandonados entre equívocos e certezas absolutas de uma qualquer flor escondida num sítio qualquer!... A verdade, tal como a Alma, Nem os caminhos foram abandonados, nem a ocorrência de fenómenos estranhos ao estado da Alma, se fizeram outra coisa para além da essência; A Alma da Alma, prevalece sobre todas as dúvidas e, ainda, sobre todas as certezas das coincidências, tanto divinas quanto terrenas!... As duas numa só Alma que, não sendo gémeas, poderão ser uma e outra flor, conquanto, em jardins diferentes onde o mesmo Sol ilumina e aquece a mesma vida e o mesmo sentido da Vida!... Talvez como um refúgio pintado de fresco, um jardim de sempre replantado com novas flores onde as pétalas não são, obrigatoriamente, portadoras das cores originais; apenas as cores interessam… e as fragrâncias, ainda que indissociáveis, da origem convencional!... Depois… o reencontro das tais essências, das Almas!... As histórias que ficaram por contar, as lágrimas que se verteram e as quais regaram estes novos Jardins, com ou sem memória, a tristeza e alegria de momentos para recordar e outros para esquecer…
Coincidências onde as cores flutuam… sem que tenham mudado de lugar!...
No reencontro… oferece-se uma Flor!


e um...

Abraço

eder ribeiro disse...

Paula, o que eu admiro nos seus textox, além de serem poéticos, é a possibilidade de várias interpretações, é deixar as palvras ir entrando e sentir-se no texto. É, utilizando da sua palavra, um processo de transfiguração. Mesmo para aqueles, como eu, que não acredita na separação entre corpo e alma, ao ler este textoa, tão cheio de imagens, passa a acreditar. Bjos

Ilaine disse...

Alma e corpo a dançar por entre estas lindas palavras,enquant a vida fulgura. Belo, como sempre. Beijo

Everson Russo disse...

Acordes que a alma escutava quando dançava solta,,,isso é simplesmente lindo,,,é alma livre de tudo,,cheia de sentimentos e desejos,,,poesia e versos de amor,,,dos momentos inesqueciveis dos sonhos...grande beijo de bom dia pr ati querida.

myra disse...

desapareceu meu comentario, vou ver mais tarde pode ser que apareça...bem eu te dizia que vc. expressa com lindas palavras teus sentimentos e que vou te mandar por e-mail umas fotos que Dominique fez aqui e num passeio a Masada, beijos,

pires disse...

Paula, interessante, acabei de postar um texto sobre saudade, vá lá e veja. São palavra diferentes mas, a intenção é a mesma. Bj querida!

mfc disse...

Somos essencialmente memória... e volta e meia elas fazem-nos sorrir!
Aproveita que é real!

Francisco disse...

Paulinha!
Poucas pessoas conseguem escutar verdadeiramente a alma.
Descrever a respeito então, é algo para gente especial como vc!
Li, reli, e guardei o texto.
Beijãozão!

eder ribeiro disse...

Paula, voltando ao assunto em relação ao seu comentário lá no gotas, acho, saliento que não tenho conhecimento de nenhuma ciência, mas mesmo assim, eu acho que nos falta uma referência, um espelho, e a maior referência, o pilar da formação do ser, a família, está desestruturada, e qdo falo em família, não quero dizer apenas pai, mãe e filhos. Outro pilar de referência, a escola, há muito tempo não forma mais cidadãos, mas como podemos cobrar da escola, se falhamos como família. Outro fator que colabora para o aumento da violência é a nossa incapacidade de sensibilizarmos com o outro. Lembro em uma das visitas da minha mãe na minha casa, eu com a tv ligada, ela em uma das cenas do filme que estava passando, virou o rosto, como não estava de olho na tv, mas nela, eu ri e de relance vi sangue na tela, ela pediu para eu desligar a tv. Depois que ela saiu eu refleti sobre aquela cena e cheguei a conclusão que nos banalizamos tudo, até o ato violento que chega a não me chocar, enquanto a minha mãe causou repulsa. É isso que chamamos de modernidade? Para que servimos se não servimos ao outro, se o outro não nos causa sensibilidade? São questionamentos que não temos respostas, não pq não tem resposta, mas pq o essêncial nos falta, REFERÊNCIA. Bjos. Era para ter respondido ante, mas estava indisposto no período manhã-tarde, pois estava resfriado.

Teresa Alves disse...

Preserve-a. Tanto a alma quanto o bom gosto pela saudade. A liberdade dos versos a faz voar nos mais maravilhosos pensamentos. Uma poesia. E uma alma, poética.




¬
Bom fim de semana.

:.tossan® disse...

Querida amiga Paula a tua alma sempre está presente nas postagens. As fotos são tão boas quanto os textos.
Ando meio ocupado com o filhote de cão que adotei, imagina que dei o nome dele de Mandoky...Se o cara souber vai ficar muito bravo, mas foi o que veio a cabeça....Rsrsrsr
Beijo

Luan Fernando disse...

Relembrar, e sentir os pequenos detalhes da vida, as vezes é bom fantasia e imaginar sensações. Temos que aproveitar todas essas coisas quando ainda faz sentido.

Daniel Savio disse...

Tem atos das nossa vidas que marcam tanto (que parecem ter vida própria)...

Fique com Deus, menina Paula Barros.
Um abraço.