terça-feira, 26 de julho de 2011

série: julgamentos, preconceitos, verdades e limitações.



Que pena!
O quê?
Que pena! A avestruz é uma ave, tem pena, e não voa.
Sim, é verdade, mas é pena para quem? Para você ou para ela? Saiba que ela é a ave maior que existe, de bela plumagem, muito veloz na corrida.
E se é uma ave e tem pena, não era para voar?
Se você enxergar com esta visão limitada, preconceituosa,  sem perceber outras coisas, outras qualidades,  talvez seja uma pena. Talvez eu comece a ficar com pena de você, que deixa de ver a beleza dela correndo, leve, solta, alegre na função dela, na beleza dela, do jeito dela.
E beleza não é relativo?
Sim, depende de quem olha e como olha. Depende muito do sentir.
Você está me criticando?
Talvez, não sei, talvez alertando para você olhar com outros olhos. Olhar com os olhos do sentir. Se desprenda da pena e do voar....porque a liberdade dela está em ser.


8 comentários:

myra disse...

gostei imensamente do jogo de palavras e sentidos "pena e pena"!!!
e é assim mesmo aliberdade està "dentro de cada ser"!!!
beijos muitossssssssssssss

eder ribeiro disse...

Todo ser tem a sua razão de ser, delegar outra razão que não seja a dele, é simplificar a visão, apenas ver e não conseguir enxergar. Bjos.

(CARLOS - MENINO BEIJA - FLOR) disse...

Aeeeeee. Que legal! Olhar as coisas com os olhos da simplicidade e não da crítica. Parabéns, PaUla. Beijos

Pena disse...

Um texto doce feito com o seu talento e magia apuradíssimas.
Notável e excelente!
Bem-Haja, pelo carinho e ternura.
Abraço amigo sem palavras dada a genialidade e talento de si.
Sempre a admirá-la, mas SEMPRE!

pena

Armindo C. Alves disse...

Eu diria que a sua avestruz para além de ter penas, correr e voar, também fala.
Tinha a certeza que a sua cultura e imaginação, estaria à altura da situação.
Parabéns pelo "olhar" e voo altivo.

Boa semana.
Beijos.

A. disse...

A avestruz é uma prova da distracção de Deus!... deve ter arriscado fazer esta criatura sem molde e, por isso, tudo nesta estranha ave ficou a meio. Desde os dedos, penas, meio camelo ou qualquer outro ruminante, sem esquecer a brincadeira dos cascos. Definitivamente é uma criatura inacabada, sem evolução e talvez por isso se apresente desengonçada na sua forma de esfregona gigante e usada. Uma característica engraçada manifestada pela sua raríssima inteligência, comparável ao cérebro de outras aves super-inteligentes como a galinha ou pedrês e outras penosas da classe. Interessante a facilidade com que se adaptam a quase todas as áreas e impressionam, pela genialidade da fuga, e capacidade com que se escondem de uma possível ameaça à sua integridade intelectual. O mítico lema da avestruz, por demais conhecido, até pelas suas congéneres: “ se não vejo o inimigo, o inimigo não me vê a mim”. Assim, a gigantesca penosa, compreendendo a ameaça, o que leva muito tempo, enfia a cabeça na areia, na terra e há mesmo alguns registos de avestruzes tentando enfiar a estranha cabeça em muros de betão, de granito e até no das lamentações!... Há quem aprecie sua carne, no entanto há quem não dispense um franguito de churrasco em vez das grossa coxas daquela espécie!...
É uma ave estranha!... E são engraçados os machos, quando andam com o “fogo” do acasalamento, hehehehehe… levantam as suas pequenitas e ridículas asitas, tentando, quem sabe, ludibriar a fêmea acinzentada, levando-a a crer na certeza de poder voar e, vejam lá converter a incauta à migração!!!!... São avestruzes de cabecinha para baixo e rabinho para o ar;)))……




Abraço

Everson Russo disse...

Seria tão bom uma vida mais leve,,,sem conceitos e preconceitos,,,sem julgamentos...a beleza mora sim no olhos de quem ve,,,e não há nada que mude isso,,,o que é poesia pra uns,,,não é pra outros....muitas pessoas não tem aquele estado de consciencia alterado...e não sabem o que é bom,,,,beijos de bom dia pra ti.

Branca disse...

Querida Paula,

Claro que beleza é relativa, claro que o equilibrio da natureza está na interacção de todos os seus seres, nós incluídos e muitas vezes o mal da humanidade é ter-se distanciado da sua verdadeira natureza, deixar de se integrar e interagir com a natureza em geral, esquecer-se da importância dessa liberdade de ser de que tu falas.

muito bom teu texto.

Beijos