quinta-feira, 22 de setembro de 2011






Um dia desses estava tomando Mozart, sabor chocolate. Degustando Emílio Santiago. Freud se aproximou e me disse: você está sublimando o amor. Já tinha ouvido falar deste senhor, que até me pareceu mais jovem, talvez sejam meus olhos de admiração. Sorri em silêncio. Olhei ele bem nos olhos, com meus olhos de interrogação. E ele continuou: você pensa que pode viver assim, só de encontros de almas, acariciamentos de mente, e troca de palavras? Sem toques mais profundos. Sem uma transa de vez em quando? Continuei olhando ele nos olhos. Não respondi. Já ouvi dizer: nem Freud explica. E eu pensava, olhando aqueles olhos profundos, cansados. Nem Freud me entende. Ia contar a ele sobre aquele beijo que não dei, e que até hoje penso. Ou aquele beijo que dei e que o rapaz mordiscava meus lábios e que eu não gostei. Ou daquela transa mal sucedida. Mas Freud não quis mais me olhar nos olhos. Ficou deitado no divã atrás de mim, se protegendo do meu olhar profundo. Eu até ia contar a ele: textos, crônicas e poesias me acariciam profundamente, vivo apaixonada, sinto prazer. Mas Freud não entende deste tipo de sexualidade, penso eu. Talvez esteja sublimando o amor, evitando alguns encontros, provocando desencontros. Mas Freud não quis conversar me olhando nos olhos. 




11 comentários:

ALUISIO CAVALCANTE JR disse...

Querida amiga

Ninguém explica
o momento que
desejávamos que acontecesse,
e que foi apenas vontade
em nossa vida...


Que a alegria seja
um rio a correr
em tua vida.

myra disse...

FREUD acaba hoje em dia a ser um FRAUDE:))) ja esta mais que sobrepassado, mas de qualquer maneira, passado ou nao, nao liga a ele:)))))sabe somos son que temos e podemos resolver nosso problemas, nao é facil, mas se consegue1
beijos minha querida Paula

Rui Pires - Olhar d'Ouro disse...

Não tem nada melhor que uma conversa olhos nos olhos!

eder ribeiro disse...

Querida Paulinha (permita chamá-la assim) Freud tentou entender da mente humana, da alma ele não soube nada. As teoria estão aí pra nos dizer que são apenas teoria, o que vale é a vivência, aí sim, cada um tira as suas conclusões. Bjos.

OceanoAzul.Sonhos disse...

Textos, crónicas e poesias, acalentam a alma mas de facto não é tudo.
Excelente texto Paula!!

um abraço
oa.s

Paula Barros disse...

Enquanto eu conversava com Freud, Dauri tinha a explicação para o que sinto. kkkkk

É esse amor que sinto!
Comentário de Dauri Batisti no blog de Eder. 22.09.11
Encontros de amor... sempre rendem poesia
encontros de poesia... sempre rendem uma forma de amor
poesias de encontros sempre engendram amor no leitor.


Valeu Dauri!!!!!

Everson Russo disse...

Um dia também estava eu no alto de uma madrugada perdida, e veio em sonhos esse tal amor, ele tinha passos leves, cabelos negros longos, olhar suave, flores nas mãos, pó de estrelas no olhar,,,tinha a sua volta, bolinhas de isopor leves como o suspiro da manhã que se aproximava,,,sorriu, acenou, seguiu, nem fiquei sabendo se foi sonho ou real,,,pela beleza, era o amor...pela despedida,,,chamou-se dor...Freud nem me explicou,,,beijos e beijos de bom final de semana pra ti.

Benno disse...

Freud foi
uma pessoa famosa
por ser um tanto louca
pensou que podia curar
mas ficou doente
Freud teve o seu momento
e esse momento passou
suas vítimas deviam esquecê-lo

mfc disse...

Ele sabia alguma coisa de sexo e pouco de amor!

Carlos de Thalisson T. Vasconcelos disse...

Um dos textos mais intensos que já li.

Tânia Camargo disse...

Olá Paula!
Vim lhe retribuir a visita à meu blog... E encantei-me com o seu!
Tanto que vou passear por aqui, se me permitires...Rsrsrs..
Maravilhosos seus escritos...
Parabéns e obrigada por seus gentis comentários.

Bjs em seu coração e um final de semana abençoado!