sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Enquanto ainda é sexta-feira





E porque hoje é sete de outubro de 2011, uma sexta-feira, me assustou. A rapidez dos dias tem me assutado. Ontem era segunda-feira. Quase agora eu estava em Portugal. Daqui a pouco estava no Pantanal. E lá vem mais um aniversário. E lá vem Natal. E lá vem um novo ano. E eu não sei para onde vou com tanta rapidez. Mesmo que esteja mais lerda. Mesmo que esteja com a bolsa cheia de livros, de papéis, de compromissos, de sonhos e de desejos. A bolsa pesa. Mas o ano corre leve. Não consigo combinar os tempos dos verbos. O passado é presente. O futuro é passado. E o presente em que tempo está? Tenho sonhos congelados aguardando o ano passar. Tentei enrolar o ano para não ter saudades, nem vontade de voltar. Mas o ano me enrola e passa correndo por mim. E quando chegar o próximo ano, que é já já, pois vejo ele se aproximando com pernas longas, feito um corredor da São Silvestre com vontade de passar por mim. Será um ano para descongelar os sonhos. Será, quem sabe, o ano de sonhar em voltar. Por isso tentei enrolar este ano carregando livros pesados. Mas mesmo assim o ano está passando leve, leve. E quando alguém ler isto aqui, pode não ser mais sexta-feira. É só questão de tempo, o tempo passar, e eu voltar, ou ir. Vou tocando a vida, do meu jeito, para ela passar dançando por mim.


4 comentários:

myra disse...

minha querida Paula, o tempo voa sobre nos...ou nos passamos sobre ele"
de qualquer modo, tem que aproveitar a vida cada minuto.Sim, o presente nao existe, ja se foi...neste momento que estou te escrevendo agora, ja é passado...
beijos
PS: recebeu meu prentinho virtual?

Rui Pires - Olhar d'Ouro disse...

Pois... já é sábado, mas Paula, um pé de cada vez, um passo só e nunca uma passada maior que a perna.

Gostei do texto mesmo que com "desvios" pelo meio... rsrsrsrs..

Bom final de semana!!!

Anônimo disse...

Paula!
E hoje já é sábado... o tempo deixa rastros também em nossa alma:
que se expande, fica mais generosa.Ou encolhe na amargura e no ressentimento.
Já pensaste em que medida a realidade existe ou é uma espécie de alucinação?
Não estaremos sonhando isso que consideramos real,para despertar na morte e descobrir que tudo foi um sonho?
Viver é todos os dias dançar o ritmo da vida...

Um beijo

eder ribeiro disse...

a pressa ou a não pressa é que nos faz perceber o tempo, pois desde o início ele passa igual, o que mudou foi a percepção que temos dele. Bjos.