Obrigada por mais esta parceria Eder.
Poderia ser romântica se não fosse banal dizer que eu estava no carro, em um estacionamento, comendo uma maçã com boca de quem queria cometer um pecado, olhando a lua cheia num céu límpido, sem nuvens, ouvindo Fagner cantar "Borbulhas de amor".
Poderia ser poética se a maçã fosse gala ou argentina, mas não, ela é fuji, como é o seu coração divido sem saber se fica ou se vai. Falta-lhe gala, talvez nem o significado desta palavra você saiba. A covardia de assumir os teus sentimentos só lhe deixa uma alternativa, a fuga.
Poderia ser musical, e me deixar levar pelos passos da dança, perder os meus sentimentos entre os jogos de pés como em um passo de tango, ou, quem sabe, não mais me saber, muito menos dos sentimentos quando não souber de quem é a perna quando os pés estiverem descalços.
Tenho um coração dividido, como canta Fagner, entre a esperança e a razão. Mas quem me domina sempre é a emoção. Ah, você! Não vale essa exclamação. Onde está? O teu silêncio não é resposta. O teu coração é como o rochedo, necessita das águas do mar para se moldar. Talvez ele, devido à insensibilidade, não molda, se desfaz. Você não percebe que a musicalidade do meu corpo não necessita da audição para ser compreendida. Você olha e não me enxerga, toca e não me sente. Não me engano mais, simplesmente você não conhece o significado do pecado e nem o gosto da maçã.
Você agora é um peixe fora do aquário, não conhece a mansuetude dos rios e nem a agitação dos mares, nada perdido sem saber da profundeza das minhas águas.
11 comentários:
Ausente nos comentários e quase sem tempo para comer uma maçã "fuji", quanto mais uma "gala".
Jogos de pés nem pensar. Passos de tango ainda menos. Óh, o tempo!
Uma música suave, num ou outro intervalo, certamente, mesmo interiorizando a melodia. Mas depois de ler o seu texto, penso que vou comer uma maçã "gala" e pensar no pecado.
Parabéns, Paula.
Beijinho.
UM solilóquio?!
Um diálogo?!
Não importa... o que interessa é que é um texto lindíssimo.
Paulinha, sem sombra de dúvida, a melhor parte do texto foi escrito por vc, até agora a imagem descrita no primeiro parágrafo permanece na minha mente. Para mim, escrever um texto em parceria contigo me engrandece. Bjos.
amo voces dois, como parceiros ou cada um sozinho, sao otimos escritores!!!!
beijos
Parabésn aos dois, o texto está magnifico, palavras musicalizadas onde, não há dúvida, o que domina é a emoção!
um abraço
oa.s
Gente... vocês dois são demais!
Texto encantador.
Gêmeos de alma e... de poesia!
Beijo
Gostei da parceria,uma vez tentei e nao fluiu, vcs dançam bem(existe a química).
E sobre a maçã...Bem lembrado, uma maça para começar bem o meu dia.
P.s. Avesso ainda sem solução, mas qualquer dia destes eu volto.saudades...rs...
Sabe Paula... Considero que as boas parcerias da vida nos ajudam a crescer... Evoluir! Por isso Deus coloca pessoas tão especiais em nosso caminho.
Comentei no blog do Éder... e abri meu coração...rsrrss
Beijos para os dois
Amiga, minha amiga, que belo texto, vasa sensibilidade e cumplicidade com voce mesma e quem mais?...
Abraço forte!
...adoro maçãs,
adoro vocês dois!
smackssssssssss, almas lindas!
Rapaaazzzzzz... kkk Você sabe o que é gala em baianês? kkkkkkkk
Ao certo, se comeu a maçã cometeu o pecado sim! kkkkkk
Hummm... será que o silêncio por vezes de lá ele não é estrátegia, arrepare... kkkkk
Sei não, isso, vai desaguar em vida a dois, né não? Oi que bom! kkkkk
Realmente o rochedo precisa ser moldado e no caso pela paixão e não pela àgua... kkkkk
Gala, né? haja! kkkkkkk Sei lá, acho que lá ele deva saber o que seja, pense... kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Você é demais, faça fé! Seu texto adorei, aliás, gosto muito de decifrar seus textos.
Melhor eu ser recorrente! kkkkk
Recorrente...
Eu canto a primavera, não sabes...
O que é? Se fitas os meus olhos
Cheios de perguntas recorrentes,
Decifras, talvez... Amiúde, não digo.
Quem sabe? O sopro perene dos ventos,
O luar, as estrelas, etc., desejos antigos...
E sabes? Se toda paixão aflora dos desesperos,
Seria loucura minha ou a fenda do tempo?
Sim, eu sei, o quanto das minhas noites frias.
Não, não me mal digas... Apenas, decifras!
Mas, não intercales o punhal da agonia...
O que se foi... O que e a quem lembrar?
E então? Se marcho para a noite sem ti
Levo comigo, a minha e a tua solidão,
É que o teu lado vive igual a mim...
E no compasso dos meus passos,
Divido o silêncio do teu quarto!
Minha gema rara, as tardes eu sei,
O sol, o mar... A mesma coisa. Puro tédio!
Se o teu céu é distante, o meu sol é presente,
Agora, deste teu olhar decorrente...
Não sabes... Também não digo dos labirintos.
Mas, se centelhas... Beijo-te o ventre
E, levo-te da fronteira do nada ao infinito...
O Sibarita
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