quinta-feira, 20 de outubro de 2011






Ferreira Gullar e um copo de licor. Um copo, e não uma taça. Igual e diferente das mulheres da sua época. De qualquer época diferente. Liberta de molduras, presa à imagem. Ainda presa no porta-retrato da vida. Livre de enquadramentos, mas esbarra nos trincos das portas que abrem e fecham as relações, nos degraus da escada da vida, na grade do forno que queima entre o certo e o errado, no peitoral da janela de um novo mundo, nos olhos das estrelas do ser. Tão sem medidas. Tão comedida. Um gole de Ferreira Gullar, imagens refletidas no fundo do copo, inalando o álcool do licor, bebendo lembranças. Um voo por São Luís, aterrissagem no coração do Espírito Santo. Interseção de lembranças no gosto do chocolate embriagado.



3 comentários:

myra disse...

oi, minha querida Paula, nao entendi muito bem, voce gosta ou nao do Ferreira Gullar? eu qdo li ele, adorava!!!!
beijossssssssssssss

Everson Russo disse...

Um copo, uma taça, que assim seja,,,que seja poesia, alma, sonhos livres e leves ao vento...assim como nós...beijos de bom final de semana.

O Sibarita disse...

Bom texto moça!

Muito legal beber lembranças, afinal, lembrar, relembrar é viver!

O Sibarita