quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Inventando realidades - 2





Um dia sentirei saudades tuas. Um dia. Este dia é hoje, ele chegou rápido. Ontem senti saudades tuas. Antes de ontem também. Faz dias que venho sentindo saudades tuas. Quem sabe, um dia, não sentirei saudades tuas. Quem sabe. Espero que estejas bem.

Um dia sentirei saudades do dia que sentia saudades tuas. Porque lembrarei que te esqueci.
Não lembrarei de você. Não sentirei saudades. Terei esquecido os momentos bons. E sentirei saudades tuas. Saudades de mim feliz.

Onde andas? Como está a tua vida? Tem escrito naquele borrão que ficava todo rascunhado e guardado no móvel de jacarandá?  O quarto sempre a meia luz. A xícara de porcelana com chá de canela bem junto do borrão e da caneta de nanquim. Lembra o porta-retratos com o retrato da tua mãe? Os olhos penetrantes dela sempre presente no nosso quarto, junto com o cheiro de saudade.  Talvez seja essa saudade impregnada de memórias, de chá de canela, de tinta de nanquim que alimente esta esperança de um dia voltar a ter saudades.

4 comentários:

Paulo Francisco disse...

O bom da saudade é que passa. Um dia passa...

Paulo

myra disse...

as saudades nunca passam...e doem...
beijos querida Paula, acho que voce entende...

Benno disse...

O que é imaginado tem um certo tipo de realidade que é indistinguível da realidade ela mesma. Por isso é que se deve sonhar; é gostoso, só faz bem, e permite voar!
Beijos

O Sibarita disse...

Eita moça cheia da saudades! Vai ver que lá ele também se sente assim, né não? kkkkkkkkkkkkk

Sei não... kkkkk De repente leremoa aqui: "Lá ele junta os trapos com lá ela!" kkkkkkkkkkkkkkk Ô maravilha!


Saudade é soda, viu? Mas, não tem como esquecer... kkkkkkkkkkk

O Sibarita