domingo, 15 de setembro de 2013





Enquanto Osvaldo falava palavras de amor e queria sexo, Walquiria lia poemas. O gozo dos últimos anos era solitário. Era um gozo poético que avançava nas madrugadas. 

A poesia lhe preenchia, ao ponto de lhe deixar frígida aos carinhos de Osvaldo, ou de qualquer outro. Os beijos de língua tornaram-se uma tortura. Eram línguas frias destituídas de desejos.

Queria chorar, já não era a mesma. Sentia-se um iceberg em pleno sertão. Por dentro ardia em poesia, por fora fria e calculista. Não rimava mão com mão. Nem beijo com pão. A fome era outra.


9 comentários:

myra disse...

simplesmente ja nao o amava:) nao acha/
otimo!
beijos minha querida Paula!

Blue disse...

Mas se a fome era outra
dever-se-ia, num caso assim
procurar-se a origem.
Mudar para livro de romances
por exemplo!

Beijo

Cidália Ferreira disse...

Boa tarde Paula Barros

Não existia Amor!
Gostei de ler
beijos

http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

Paulo Francisco disse...

personagens nomeados (interessante).

¨Os beijos de língua tornaram-se uma tortura. Eram línguas frias destituídas de desejos.¨

O beijo é sinal pra tudo.
Adorei!
Um beijo grande, bem grande.

eder ribeiro disse...

Então faltava prosa. Boa semana.

O Sibarita disse...

Diva, enquanto isso, do outro lado a noite descia nos desejos da lua travessa... kkkkkkkkkkkkkkkk

Rapapazzzz. o problema é que lá ela Walquíria viaja tanto e tanto que Osvaldo fica reticente e nos poemas envia as mensagens cifradas! kkkkkkkkkkkkkkkkk

Lá ela Walquíria, corre mundaréus e Osvaldo fica pinéu! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

O Sibarita

Existe Sempre Um Lugar disse...

Olá,
Quando o amor arrefece tudo é frio, tudo é assim, começa e acaba, como mais ou menos duração tudo chega ao fim.

ag

VilmaSouza disse...

Bom dia paula

Poucas palavras que expressa muito o sentimento. Uma ótima terça feira. bjs

Armindo C. Alves disse...

Há segredos que nos roubam...,
mas o amor..., esse perdura. Não será roubado.

Abraço,para, si Paula.