terça-feira, 9 de setembro de 2014

Silêncio ofertado



Peguei o silêncio
Passei na pele
Feito uma argila medicinal

Deixei penetrar nos poros
Para sentir o verdadeiro efeito
Esperei o milagre

O silêncio ressecou aos poucos
As lágrimas, os olhos, a boca
Uma só palavra não saía da alma

Esse silêncio ofertado
Não era medicinal
Não trazia o entendimento
Nem curava a saudade

10 comentários:

Cidália Ferreira disse...

Prefeito!

Beijinhos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

Helena disse...

O silêncio nem sempre é medicinal. Muitas vezes até se torna uma droga que atordoa os sentidos, entorpece a alma e nos chega de forma tão doída que a vontade é romper sentimentos em machucados gritos para nos atordoar a ponto de entorpecer os sentidos...
E se o silêncio não cura a saudade a melhor forma de vencê-lo é transformá-lo em versos, em belos versos como os teus nesse primoroso poema.
Sorrisos, amiga, e estrelas, para iluminar teus caminhos.
Helena

Daniel C.da Silva disse...

A solidão não pode ser coisa boa... somos seres relacionais, mas o silêncio tem respostas e momentos que nos nutrem e aprofundam... talvez que por vezes estejamos cheios de ruído e ele demore a se instalar, como uma brisa que passa num deserto de calor...

beijo amigo

ALUISIO CAVALCANTE JR disse...

Querida amiga

Às vezes as palavras
se escondem em nossas vidas.
Então,
saímos em busca de inspiração
nos lugares onde a amizade
se faz preciosa,
(lugares como este)
pois são os amigos
que guardam as melhores
palavras de nossa vida,
para nos devolver e inspirar
quando estivermos distantes
de nós mesmos...

Obrigado por sua generosa amizade...

O Sibarita disse...

Pois é, o silêncio! realmente com tantos meios de comunicação não é possível o tal silêncio! kkkkkk

Mas, pergunta-se, é somente lá ele que tem de ter a inciativa? A dona moça já ligou, já passou email? kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Não? Ah bom... kkkkkkk

Porreta viu fia? É isso, o amor represado na falta da comunicação de ambos os lados, repare... kkkk

O silêncio:
É dor contida
É flor perdida
É amor florescido
É rumor nascido
É horror de quem silenciou...

O Sibarita

Lúcia Laborda disse...

O silêncio muitas vezes acelera o despertar da solidão. Por vezes ele dispara o alarme da solução.
Existem momentos e momentos e é preciso atenção para a necessidade.
Ou podemos incorrer no perigo de perdermos a noção da realidade.
Contudo Paulinha, seu poema é lindo. É a expressão da alma.
Beijos

Paulo Francisco disse...

Estou sempre em busca do silêncio, da pausa. Ele é sempre medicinal pra mim.
Um beijo

O Sibarita disse...

Ei moça do olhar suave! kkkkkkkkk

Esse silêncio ofertado vai até quando? kkkkkk

Poste, viu?

O Sibarita

Armindo C. Alves disse...

Quando o diálogo é feito de silêncios a saudade aumenta.

Beijos.

O Árabe disse...

Sabe, Paula? Acredito que há dois tipos de silêncio: o doce, de quando nada é preciso dizer: e o amargo, de quando nada mais existe a dizer. Belo texto, boa semana!