sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O ser humano, as relações e a matemática.


O ser humano é único, e é múltiplo. Nas relações um mais um nunca são dois, cada um é mais de um. Somos uma equação a ser resolvida, sempre com uma incógnita. Somos um círculo de muitos ângulos. Somos paralelas buscando o encontro. Somos em muitos momentos indivisíveis, mais multiplicáveis. E em outros somos o inverso. Não somos exatos. Somos uma pirâmide, e na base não somos nós, somos o somatório de outros. Somos um conjunto com seus vazios a serem preenchidos. Na vida, nas relações, a ordem dos fatores altera os resultados. Pega-se um humano, você tem a forma, a massa, o peso, a altura, a largura, o comprimento, o volume mas você não tem a totalidade, porque ele será sempre mais. Somos infinito, nem a morte nos finda. E ainda morto nos multiplicamos no outro.




 

14 comentários:

Anônimo disse...

Oi Paula! =)
Aqui estou de novo, mas então, engraçado porque somos únicos mas também somos múltiplos e nesta brincadeira entre o só e estar junto de si ou próximo a outro, é que nos descobrimos e nos reinventamos, porque viver é isso.
Deixo meu beijo! =)

Odele Souza disse...

E também por causa desta multiplicidade o ser humano é tão especial.

Beijos e Bom fim de semana.

eder ribeiro disse...

Paula que texto maravilhoso. Eu me tenho como um ser incompleto, e busco nos outros um pouco de sabedoria para a completude. Aqui eu encontrei saber e saí mais cheio. Bjos e aplausos.

Uelton Gomes disse...

Olá Paula.

Que belo texto, esse é daqueles para gente ler e refletir.

Abraços e orbigado pelos comentários das minas fotografias lá no facebook.

Everson Russo disse...

Muitas vezes na matematica da vida não sabemos o quanto somos e nem o tanto de importancia do valor que tem nosso semelhante,,,nosso amor,,,acredito qeu o ser humano é uma matematica sem solução...exata.....beijos de bom sabado pra ti...

Lúcia Laborda disse...

Oie Paulinha; amei sua matemática humana! Na verdade somos tudo que você escreveu...
Bom fim de semana! Beijos

myra disse...

e para dizer algo mais, eu sou coherente e incoherente...como voce tem razao, querida paula, beijossssssssss

:.tossan® disse...

O ser humano é um problema complicadíssimo de matemática e quando tentamos resolve-lo muitas vezes os resultados nunca serão o mesmo. Beijo

Nanda Assis disse...

aiii q lindooo, como vc é boa nas palavras ne, e eu sou pessima em matematica, mas dessa forma ai, matematica de sentimentos, amores e vida, acho ate q to na media, sei não.

bjosss...

Jacinta Dantas disse...

Pois é Paula,
penso que somos assim. Indecifravelmente um, em muitos, e muitos, em um. E se relembro o que sou de criança, de jovem, na mulher que sou...

Bjs

Daniel Savio disse...

Cada ser humano é único, fato, mas mesmo assim, podemos sempre mais juntos aos nosso semelhantes...

Fique com Deus, menina Paula Barros.
Um abraço.

Vivian disse...

...por isso somos tão
fascinantes.

bj, querida!

A. disse...

Pois é, o ser Humano é de uma simplicidade bem complexa!... Essencialmente, tal como as pombas, vive para comer, sem que consiga fugir a essa necessidade; come, come, come... está-lhe nos genes, está-lhe na Humanidade!... Depois, de barriga bem cheia, descobre que jamais atingirá a satisfação plena porque, todo ele, dos pés às pontinhas dos cabelos (os carecas que me perdoem), transpiram todos os tipos de cobiça e gula!... Desde que nasce, é impelido por essa necessidade insaciável, que vai assumir contornos cada vez mais adefágicos, pelo que a avidez permanecerá uma constante nos olhos iluminados pela visão milagrosa de um suculento bife mal passado… e outras carnes, de preferência, o menos passadas possível!... É, por natureza, o Humano, um “antropófago” que, não consumindo sua própria carne, é apreciador natural de iguarias concentradas no seu semelhante de sexo oposto!... Essa necessidade é apelo dele mesmo ao seu ego e super ego que se vai insuflando de um aumento de apetite, que o subdividirá em pequenos outros; a dúvida instala-se na proporção da multiplicação da necessidade de ser um, outro e muitos outros, que não ele mesmo e um só!...
Tudo isso sem nunca deixar de ser o que sempre foi e jamais deixará de ser!... Como tantos outros.


Abraço

Armindo C. Alves disse...

PAULA
De facto, quando se fala do ser humano, nada é exacto. Uns se multiplicam, se ultrapassam somando valores construindo uma pirâmide incomensurável.
Outros são exactamente o contrário. Avançam em linhas paralelas sem nunca se encontrarem.

Mais uma vez o seu texto nos revela que a Paula é das que se multiplicam. Não há equação que a quantifique. Está sempre se superando.

Parabéns.

Beijos.