quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Uma sugestão: quem tiver tempo de ler as frases em voz alta,  pausadamente, sentindo. Para mim, teve um efeito diferente.





É tão difícil o barco se afastar do cais. Porque o cais lhe devolve o mar. E só estando preso a este encantamento de cais, se sente solto, e pode adentrar a profundeza do oceano, e pode beirar o horizonte, sentindo as tonalidades dos céus e viajar pela imaginação.

O cais é de uma beleza tão profunda, que confunde-se com a imensidão do mar. O cais é quem dá corda para o barco navegar. O barco viaja, solto na emoção, na admiração. É do cais a bússola, o roteiro desta viagem. E o barco vai, vai, vai....navegando, sentindo os arrepios dos afogamentos do casco, sentindo a brisa tocar-lhe a vela, navega outros mares, mas retorna sempre ao cais. Ao cais que lhe devolve o mar.

O cais, o barco, o mar....mergulhos em águas de belezas extremas. O cais vai se permitindo viajar junto, nas cordas que liga o barco, no balançar do mar, neste olhar de silêncio que interage, nos voos das garsas.....




Texto: 10.02.11
Fotos: Guarapari-ES-2010

11 comentários:

ELANE, Mulher de fases! disse...

belas palavras!! o cais mesmo no mesmo lugar, é o ponto de encontros, desencontros, sonhos, devaneios e esperança.
Bjo Paula, to cansada esses dias, por isso o sumiço, mas nao esqueço de vcs!!!

Maria disse...

O cais tem o simbolismo de partida, mas também o da chegada.
A minha passagem aqui é rápida, espera-me o cais de partida e espero que a viagem não demore muito... até ao Oeste.
Estou finalmente a ver a luz ao fundo, nas mudanças...

Beijo, Paula.

eder ribeiro disse...

Paula, a minha relação com o cais é tão intensa que até hoje guardo comigo o cais sa cidade no interior fa bahia que eu nasci. Lá vi e senti os vapores que navegam no rio são francisco. Quantos sonhos senti nas rodas que movia os vspores. Bjos.

myra disse...

para mim tambem os cais sao mto importantes, bem foram, aqui nao tem...pelo menos nao perto...
qdo vivia em Xalapa, ia quasi todos os dias a Veracruz olhar o cais, os barcos o mar...agora tudo é taao longe...
e como sempre amo como escreve,
beijos

(CARLOS - MENINO BEIJA - FLOR) disse...

Momentos distintos da partida e da chegada do barco ao cais. Fico olhando ás vezes um barco distanciando e dá certa tristeza.Mas quando vejo outro chegando, me traz sensação de que sempre é possível voltar. Gostei muito. Beijos

Vivian disse...

...que mistura de emoções
há entre um navio que parte,
e outro apontando no cais.

movimentos da vida de todos
nós.

bjs, minha linda!

Anônimo disse...

....quão mais longe se torna o cais, lindo é voltar....

gosto de te ler. vou viajando com e em outros sentidos!
bj poeta

Anônimo disse...

Gosto do cais, e dos barcos, dos seu coloridos, nomes e frases. Beijos, Paula!

Etc disse...

Me passou a sensação de como as coisas se complementam e completam...
Gostei bastante. =)
;*

A. disse...

A necessidade da consistência é forte razão para que os barcos possam atracar!... É seguro, o acostar, a carícia na margem firmada por sentimentos diversos!... A partida, a chegada... a incerteza do humor das vagas, a intenção de quem parte ou de quem decide ancorar e saborear a estabilidade das amenas tempestades terrestres!...
Os cais são feitos de nostalgia, Saudade, dos voos sempre nostálgicos e saudosos das gaivotas, do movimento lento e ainda mais nostálgico das garças!... O mundo começa nessa saudade e expande-se em nostalgia, longe de tudo... com o coração sempre perto dos abraços e dos beijos do cais!... Ou de uma valente comemoração, nadando nuns bons litros de cerveja fresquinha!... Os náufragos em terra!

O cais!.... É um colinho de Mãe!... Os calos do timoneiro seguro que cada um no Pai tem!... Ou deveria ter, pois, há quem se perca por mares que não deveriam ver e nos quais se afogam, por assim dizer; Sem cais, nem saudade de ninguém!...
Sentado, no muro do cais, preguiça-se o olhar no horizonte onde os barquitos parecem dormir!... Lá longe, do cais!...

Bom fim de semana



Abraço

Teresa Alves disse...

Palavras...

E a poesia num poema de idas, vindas... encontros! No mar, o barco. Nas asas, o voo. Uma paisagem repleta de significados.




¬
Bom dia!