Série: Entrelace de lembranças
(Consegui colocar nomes nos personagens.
Achei terrível colocar nomes nos personagens)
Sim, sempre vale a pena ouvir. Era a voz interna dela que ressoava esta frase, confabulando com Geraldo. Como se dissesse baixinho, amigavelmente, sorrindo, repetidamente, sempre vale a pena ouvir. Ela gostava de ouvir as músicas escolhidas por Geraldo, sempre descobria outras melodias escoando de seus sentimentos. Chegou cansada, a noite passada não dormiu bem, sentiu-se mal. Com receio de dormir mal de novo decidiu sair para dançar, extravasar as emoções, suar as ausências. A vontade que sentia de conversar com Thiago, de sentir a mão dele na sua, era sempre motivo para ir para a rua. Na rua, sentia ele mais próximo. Em cada mão que tocava, nos olhos que olhava, nos sorrisos que precisava sorrir, sentia a presença forte dele. Voltava para casa e escrevia, até a presença se dissipar, e ficar preenchida da ausência. Ainda tinha o último dia do ano para lembrar, porque no outro dia seria um novo ano. A ausência dele seria sentida com cheiro de Bvlgari, pour homme.
6 comentários:
minha queridissima Paula, gosto tanto de tudo que escreve!!!
beijinhos, muitos.
Ser lembrada por um cheiro, é uma lembrança que não se evapora. Bjos. Bom finde.
... "Voltava para casa e escrevia, até a presença se dissipar, e ficar preenchida da ausência."
É assim que vamos sobrevivendo e vivendo os dias dessa arte chamada: Vida!
Desejo para você, um ótimo final de semana, Paula!
Um abraço carinhoso
Minha querida
A saudade e o vazio ficam tatuados no corpo e para onde formos, irão connosco.
Como sempre adorei ler-te e deixo um beijinho com carinho.
Sonhadora
É! kkkkk Belo mini-conto!
Ausência em qualquer cincunstância é de lenhar! kkkkk
O Sibarita
Um texto sensível, evocativo... e sonhado!
Lindo...
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