sábado, 1 de dezembro de 2012








A mente é povoada de gente. Gente de todo tipo. E quem se faz presente está sempre ausente. Se está presente, digo apenas: olha. E se está ausente? Ficam na mente as imagens, as sensações, as lembranças, a saudade. Um foto aqui, outra acolá. E lá, no cantinho da mente, o ausente. É a colina neblinando, é o pôr do sol exuberante, é a rua de paralelepípedo, as luminárias antigas, a gaivota....E eu lembro até de mim, quando canta o bem-te-vi. Tentei escrever a letra de uma música, quando escutava as lembranças melodiosas tocando alto, tentei rascunhar palavras junto com a dança da íris, mas as palavras embevecidas com as belezas da estrada seguiam mudas me acompanhando. Cantarolei músicas para dentro, me enchi de melodia, e com suspiros de lembranças preenchi os céus.

3 comentários:

myra disse...

sim, ficam as saudades, e tantas coisas mais que doem...
lindo, querida Paula, apesar de triste...beijos

Lucia disse...

E assim, sigamos com inspiração, que por sinal, com vc não tem jeito de ser diferente. Gosto de gente que expressa o que sente.

eder ribeiro disse...

Que final de crônica maravilhoso. Como sempre, vc destila poesia pelos poros. Bjos.