terça-feira, 23 de abril de 2013








O tempo passou. Era tudo bonito, os detalhes encantadores, o todo maravilhoso, o olhar procurava olhar tudo, mas tudo é impossível de olhar. Entre o todo e os detalhes, o tempo passava, eu passava. Entre o todo e os detalhes sempre algo se perde do olhar, do sentir. Olhava o céu, olhava o chão, olhava as paredes, olhava as flores, olhava as portas, olhava os trincos, olhava para dentro de mim.  Às vezes eu corria, mas o tempo era pouco, eu queria estar no presente, eu queria aproveitar, e eu queria apreender, e eu sentia. Mas o tempo passava. Eu sentia os três tempos do tempo passando por mim, o futuro, o presente, o passado.  O tempo corria numa passada desigual a minha. O passado é tão presente. E lá, no presente, eu pensava que no futuro teria lembranças para lembrar, teria um passado vivo.  O tempo passou. O bonde também passou. E eu não andei de bonde.






Foto: Lisboa-2010

6 comentários:

Paulo Francisco disse...

Eu andei? rsrs
Muito bom este texto.
Um beijo grande

myra disse...

ah, minha querida, qto eu andei de bonde!!!! estva bem em frnte de nossa casa...na praia do flamengo...Ed. biarritz, que saudades!!!!!!!!!!!
beijos infinitos

Lucia disse...

Que lugar lindo! Mesmo sabendo o que as pessoas dizem, que tudo passa, algumas coisas ficam.

Existe Sempre Um Lugar disse...

O vento leva e trás o tempo, nós passamos a passar o tempo.

ag

O Sibarita disse...

Beleza, Portugal é algo poético...

Fia, você não andou não, foi? kkkkk

Ai que vontade de andar bonde com lá ela! kkkkkkkkk

O Sibarita

Luís Monteiro disse...

Mas é assim, a gente só percebe que se esqueceu de fazer algo quando já nem dá mais pra fazer. Mas quem sabe você volte, e ande de bonde um dia.

Bom dia, "_"