quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Vendedor de histórias - 13






O sino da matriz toca. Ainda está escuro, é inverno. As luzes do castelo estão acesas, as ruas estão desertas. Tem nevoeiro na cidade, faz frio. O rio segue tranquilo, de tão tranquilo, parece que está parado. As luzes refletem em seu leito. Muitos ainda dormem, estou caminhando, refletindo, fotografando. Estar só me dá poderes, que só o ar de liberdade me dá. O poder de ir e vir, de voltar, de ficar em pé, de acocorar, poder de olhar sem interferência, poder de não ouvir as vozes, bastam as minhas, que falam demais. Nem todas minhas, confesso, tem vozes dos que passaram na minha vida. Em alguns momentos tenho receio de estar só por ruelas que não conheço, numa cidade que não sei dos perigos, medo até de me perder. Mas tudo isto também me motiva e me enche de prazer. Paradoxos de mim mesma. As luzes artificiais se apagam, surge os primeiros raios da luz natural, escuto passos, não estou mais só. É hora de retornar e tomar o café da manhã. 



2 comentários:

myra disse...

,,,cafe de manha e bom a qualquer hora!!! beijinhos linda e querida Paula

O Sibarita disse...

Madrugando, é? kkkkkkkkkkk Eita Fia retada!

É, liberdade como os pássaros isso é bom ou ruim? kkkkkkkkkkkkkkkk

Ou melhor ter alguém ao lado para comentar? kkkkkkkkkkkk


Bacana!

O Sibarita