O
sino da matriz toca. Ainda está escuro, é inverno. As luzes do castelo estão
acesas, as ruas estão desertas. Tem nevoeiro na cidade, faz frio. O rio segue
tranquilo, de tão tranquilo, parece que está parado. As luzes refletem em seu
leito. Muitos ainda dormem, estou caminhando, refletindo, fotografando. Estar
só me dá poderes, que só o ar de liberdade me dá. O poder de ir e vir, de
voltar, de ficar em pé, de acocorar, poder de olhar sem interferência, poder de
não ouvir as vozes, bastam as minhas, que falam demais. Nem todas minhas,
confesso, tem vozes dos que passaram na minha vida. Em alguns momentos tenho
receio de estar só por ruelas que não conheço, numa cidade que não sei dos
perigos, medo até de me perder. Mas tudo isto também me motiva e me enche de
prazer. Paradoxos de mim mesma. As luzes artificiais se apagam, surge os
primeiros raios da luz natural, escuto passos, não estou mais só. É hora de
retornar e tomar o café da manhã.
2 comentários:
,,,cafe de manha e bom a qualquer hora!!! beijinhos linda e querida Paula
Madrugando, é? kkkkkkkkkkk Eita Fia retada!
É, liberdade como os pássaros isso é bom ou ruim? kkkkkkkkkkkkkkkk
Ou melhor ter alguém ao lado para comentar? kkkkkkkkkkkk
Bacana!
O Sibarita
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